quarta-feira, 20 de outubro de 2010

réstias de sol

os vagos brilhos desta memória



agora iluminam o corredor.


nos cantos dos rodapés


estão as crias da angustia.


dilaceradas do útero à lápide.


esses brilhos não passam das partes felizes


dos contos de fadas, nois quais eu sou


a parte triste e, as crias , as mórbidas.










olhos afogados em lágrimas


a lâmina cravada no pulso


o corpo ainda quente e humido


começa a esfriar e a tremer de frio.


não posso escapar das minhas lembraças


e por mais que a tristeza esteja guardada no porão,


ela ainda me pertence.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

coletivo quebrado ...

durma!

o sono lhe tirará a dor,
será apenas uma sensação ruim, amanhã.
feche os olhos , esqueça tudo
esqueça até mesmo seu nome.
não busque mais respostas , nem mesmo aquelas
que nunca encontrou.
também esqueça tudo que eu disse agora,
pois amanhã você não se lembrará de nada mesmo.
a tristeza entrará em extinção.