os vagos brilhos desta memória
agora iluminam o corredor.
nos cantos dos rodapés
estão as crias da angustia.
dilaceradas do útero à lápide.
esses brilhos não passam das partes felizes
dos contos de fadas, nois quais eu sou
a parte triste e, as crias , as mórbidas.
olhos afogados em lágrimas
a lâmina cravada no pulso
o corpo ainda quente e humido
começa a esfriar e a tremer de frio.
não posso escapar das minhas lembraças
e por mais que a tristeza esteja guardada no porão,
ela ainda me pertence.
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